E aqui estamos de volta para continuar com a nossa discussão em torno do webusiness 2.0, iniciada no artigo Quer ganhar mais dinheiro? Está pronto para o webusiness 2.0? – parte 1. Se você está aqui, então você está interessado em ganhar mais dinheiro com o seu negócio por meio da Internet, então vamos lá!
No primeiro artigo, iniciamos um estudo sobre a Web 2.0, o perfil do novo profissional e do novo negócio e nos pusemos a refletir sobre a importância do pensar global E agir global. Hoje, então, vamos responder a uma pegunta que pode estar na cabeça de alguns leitores: webusiness 2.0 é e-business? A seguir, nós discutiremos um pouco o perfil do “consumidor online”, aquele visitante que pode ser seu cliente se você souber atendê-lo bem.
Webusiness 2.0 é e-business?
Também! Por definição, e-business trata-se de todo comércio eletrônico, isto é, comércio que desenvolva todas ou parte de suas operações por meio eletrônico.
A Internet hoje está presente em computadores, dispositivos móveis e consoles de video games, logo quando falamos de Internet falamos de uma ampla e diversificada rede que interliga praticamente todos os lugares do mundo. E onde houver Internet, pode ter certeza que e-business pode estar lá!
O boom em torno do termo e-business foi tão grande que logo diversos sistemas prontos de “e-business” foram lançados a fim de suprir a demanda emergente no mercado por um novo modelo de negociação que se baseasse nesse novo universo virtual. E foi assim que o e-business tornou-se tão importante.
Entretanto, toda essa correria (e principalmente os “sistemas de caixinha” de e-business) acabou por tornar muitos dos empreendimentos em meio virtual obsoletos, pois não conseguiram acompanhar as exigências dos potenciais clientes. Além do mais, a sociedade muda, a Internet muda e, consequentemente, os negócios também mudam!
Na verdade, a idéia de vender “um sistemas de caixinha” de e-business é um pouco ilógica, já que vem da palavra business, negócio em português, e “cada negócio é um negócio diferente”, logo não é tão simples propor uma solução única e eficiente aos mais diversos estilos.
Muitos “e-businesses” pareciam, no início, vitrines onde o empreendedor exibia seus produtos. Caso o consumidor se interessasse por algum poderia colocá-lo em seu “carrinho de compras”. Haviam tantos sistemas de e-commerce (um outro termo que acabou sendo usado indiscriminadamente, a ponto de virar sinônimo de e-business) nesse estilo, que poderíamos chamá-los de “Sistemas de carrinho de compras”.
Se você trabalha com uma grande loja virtual como o Americanas.com ou com venda de passagens aéreas, pode ser que tal modelo ainda lhe seja válido e bastante rentável. Mas, para a maioria dos negócios hoje, isso só já não basta. E é aí onde entra o webusiness 2.0.
Apesar de podermos denominar este também como e-business, o webusiness 2.0 surge com o interesse de acabar com essa idéia de “site vitrine”. O usuário (visitante, leitor, potencial consumidor ou como preferir denominar) quer mais do que somente “olhar”. Ele quer saber, ele quer compreender e se possível experimentar e comentar, conversar sobre. O “site vitrine” é muito estático, chato, sem graça. Um e-business precisa agora de um toque mais humano, permitir uma maior interação e ampliar a experiência do usuário.
Webusiness = e-business + Web 2.0 + atenção total ao cliente
Experiência. Esta é a palavra-chave para a maior parte dos negócios desde o início deste terceiro milênio. Então, se você quer ganhar dinheiro, não espere simplesmente colocar a sua “loja” no ar e achar que irá faturar alto. Você precisa oferecer muito mais ao leitor.
Se ele quer saber e compreender, permita-lhe acessar informações relevantes sobre o seu negócio, produto ou serviço. Se ele quer experimentar, permita-lhe que acesse versões demo ou que possa visualizar vídeos e simulações a fim de compreender como tudo funciona. E se ele quer comentar e conversar, permita que ele o faça, de forma privada ou pública, com você e com os demais visitantes do seu webusiness.
Acredito que a maior diferença que há entre o conceito que estamos aqui abordando e aquilo que é pregado nos cursos de e-business é o fato de que estamos concentrados muito mais nas necessidades do cliente – e é por isso que é tão importante o uso das ferramentas que a Web 2.0 nos oferece.
Se o seu negócio na Internet não passa de um “site vitrine”, pode começar a se preocupar: você está perdendo muito pelo simples fato de não estar atendendo ao máximo o seu cliente. E lembre-se: quem primeiro satisfizer as reais necessidades dele e, então, as vontades possíveis, é quem consegue fechar o negócio.
Vamos citar o exemplo da compra de um celular. Minha irmã quer comprar um celular novo, com câmera, pela Internet. Indiquei-lhe duas boas lojas virtuais. Entretanto, ela não entendia muito sobre as características de cada modelo de celular e poderia ter desistido da compra, se eu não tivesse lhe ajudado.
Perceba então que ela ficou confusa quanto ao que comprar. Se estivesse em uma loja física, muito provavelmente um vendedor iria tentar ajudar-lhe. Na Internet, não há atendentes humanos 24 horas no ar (ao menos não na maioria dos negócios), sendo assim, a quem recorrer? Se o cliente não encontrar a informação necessária, não pode comprar!
O sistema das lojas estava lá, prontinho, funcionando. Haviam várias informações, mas será que elas eram realmente compreensíveis a um visitante menos preparado? Será que não há como melhor otimizar isso?
Um excelente passo nessa direção foi dado por alguns sistemas como o da Amazon.com, onde os consumidores podem escrever comentários bem como pontuar cada item a fim de deixar ali sua opinião sobre aquela compra.
Se no site em que minha irmã estava tentando comprar o celular houvesse um atendente virtual oferecendo as informações de forma mais simplificada, comentários de outros compradores, comparações entre produtos, muito provavelmente ela teria compreendido mais e optado pela compra ali mesmo.
Na web 2.0 use as “armas certas” para ganhar dinheiro
Se você quer conseguir dinheiro com o seu negócio, basta atentar-se a um fator: atenda as necessidades de seu cliente e com certeza ele não se importará em fechar negócio com você (claro, ao preço e condições certos!).
Muitas são as “armas” que a Web 2.0 nos oferece para manter esse contato com o cliente. Há blogs, galerias de imagens, fóruns, wikis e sistemas de gerenciamento de conteúdo. Claro, não dispensamos o s bons e velhos sistemas de e-commerce – até os “sistemas de carrinhos de compras” ainda possuem o seu lugar certo aqui.
Saiba atingir o seu consumidor. Uma tacada certa de grandes lojas virtuais como a Americanas.com, Extra.com.br e Amazon.com é justamente o bom uso do e-mail de seus consumidores, isto é, o envio de newsletters / e-mails de propagandas.
Quando você envia de forma não-intrusiva informações sobre novos produtos e promoções aos seus visitantes, eles ficam felizes por saber das novidades e ter a comodidade de saber sobre determinata promoção sem necessitar ir até o site.
Amazon.com deu-se muito bem com a publicação de comentários de seus clientes. Os diversos sistemas de blogs oferecem atualmente a possibilidade de publicar imagens e informações sobre um produto e deixar que os visitantes escrevam comentários.
E já não é raro o uso de fóruns como meio de comunicação com suporte, troca de experiências com outros clientes, etc.
Enfim, na Web 2.0, tudo vale a pena, desde que você dê os poderes certos às pessoas certas, neste caso, os seus visitantes.
Incentive-os não somente a elogiar ou comentar, mas também a reclamar, a criticar, pois só assim você poderá encontrar falhas em seu negócio e, assim sendo, poder corrigi-las e crescer “sem amarras”.
Em outro momento, falaremos melhor sobre cada uma dessas ferramentas e como elas podem ser empregadas, mas espero que a mensagem de hoje tenha feito algum efeito nos interessados: webusiness 2.0 é muito mais do que somente e-business, trata-se de realmente focar no visitante e atender suas necessidades.
[Material pertencente ao curso Quer ganhar mais dinheiro? Está pronto para o Webusiness 2.0?]