Bem, para muitos atletas o termo proteína não é novidade alguma, não é mesmo? Principalmente os fisiculturistas, que falam bastante em hipertrofia (aumento de massa muscular). Mas será que todos entendem como atuam as proteínas e o metabolismo?
As proteínas são formadas por ligações peptídicas de aminoácidos, ou seja, proteínas são cadeias de aminoácidos.
Existem proteínas de origem animal e vegetal, sendo que a primeira é mais completa porque possui todos os aminoácidos essênciais (aminoácidos que o nosso organismo não produz), enquanto que a outra não contém essa riqueza. As proteínas participam de várias funções do nosso corpo, bem como a construção e manutenção de órgãos e tecidos.
As proteínas e o metabolismo andam lado a lado no processo de variadas reações bioquímicas no corpo humano, tais como a produção do hormônio glucagon e IGF-1 (hormônio do crescimento).
O glucagon é responsável pelo aumento do nível de açúcar sanguíneo, quando este estiver baixo, e tem como finalidade garantir a energia necessária para o organismo se manter de forma basal. Ele ainda inibe a produção de insulina, fazendo com que a queima de gordura aconteça com maior facilidade. Já o hormônio do crescimento age na hipertrofia muscular.
Os alimentos ricos em proteínas são:
- Carnes;
- Ovos;
- Leites;
- Queijos;
- Lentilhas;
- Castanhas;
- Iogurtes;
- Feijões;
- Soja;
- Ervilhas;
- Pão integral, entre outros.
Esses alimentos acima podem e devem fazer parte de uma alimentação saudável para o homem, seja ele atleta ou pessoa com nível de atividade física normal, respeitando o consumo e associando esses a outros nutrientes que também são indispensáveis ao organismo humano, como carboidratos, vitaminas, minerais e gorduras.
Você sabia que em torno de 25% da proteína consumida é gasta no mecanismo da quebra em aminoácidos? É isso mesmo, para realizar esse processo que inicia no estômago e intestino e termina no fígado, o nosso organismo necessita de muita energia. A incapacidade que o organismo tem de armazenar aminoácidos é o principal responsável pela transformação de proteínas com pouca qualidade em gordura ou em açúcar. Por esse motivo é que o atleta não deve consumir proteínas aleatoriamente.
As proteínas também estão presentes na formação de enzimas e anticorpos, com isso pode-se notar o grau de importância delas ao funcionamento do corpo humano.
A contração muscular também recebe auxílio de proteínas, são elas: tropomiosina e troponina, que junto com a miosina, dão suporte ao deslizamento das fibras musculares. A tropomiosina e a troponina estão localizadas na linha z (região por onde passa os nutrientes para as células).
Importância dos laticínios para o esportista
Para quem é esportista e até mesmo para aqueles que praticam somente atividades físicas a alimentação saudável deve ser uma forte aliada na prática destas atividades em geral. A importância dos laticínios para o esportista, assim como também para aqueles que não praticam esportes, baseia-se no fato de que estes alimentos são muito nutritivos e na maioria das vezes representam a alimentação básica e diária dos brasileiros.
Porém, no caso dos esportistas é bom atentar-se ao fato de que algumas recomendações devem ser levadas em consideração na hora de consumir os laticínios. Pela elevada concentração de gordura que a maioria destes alimentos possuem, o processo de digestão dos mesmos é lento o que poderia prejudicar a performance dos atletas na hora da competição. Logo, a ingestão de leite e derivados é recomendada apenas após o treino e a versão desnatada dos mesmos deve ser considerada.
Após o treino, o consumo destes alimentos é fundamental mediante a sua elevada concentração de proteína que auxilia a recuperar e fortalecer os músculos. Claro que, algumas exceções existem para a ingestão destes alimentos, como é o caso dos treinos a noite ou no fim da tarde, nestes casos a ingestão deve ser feita com moderação. Por ser uma excelente fonte de cálcio, de proteínas de origem animal e de algumas vitaminas é importante que queijos, leites, manteigas, iogurtes e outros alimentos estejam presentes diariamente na alimentação dos esportistas; até mesmo para que os ossos e músculos sejam fortalecidos.
Como já foi observado a importância dos laticínios para o esportista, existem estratégias para amenizar a interferência negativa da gordura destes alimentos no processo digestivo. É importante que os atletas optem pelas versões menos gordurosas dos laticínios e evitar aqueles que apresentam muita gordura em sua composição. Já para os que apresentam intolerância a lactose, alimentos constituídos por soja, os vegetais folhosos verdes escuros, oleaginosas e leguminosas são uma boa opção.