Poupança, Fundo de Investimento ou Ações?

Mais um olá a todos!

 

Aqui estamos a discutir mais um assunto, sendo que, desta vez, quero falar a respeito de como melhor investir o seu dinheiro: em poupança, em fundos de investimento ou em ações?

Antes que pensei que se trata de mais um “economista chato a falar sobre como ficar rico, sendo que nem mesmo ele é”, vou logo dizendo que vocês estão parcialmente corretos: não sou economista, mas assumo que sou chato 🙂 ; não vou falar sobre como ficar rico, mas sobre como conseguir, quem sabe, “um algum a mais com o que já tem”, e, por fim, vocês têm razão: não sou rico. Se fosse, talvez estivesse em alguma praia particular curtindo a vida agora – sou só mais um nerd que gosta de falar e discutir sobre assuntos diversos. 🙂

Aos que estão chegando agora, antes de fazer a leitura deste tópico, aconselho a leitura de um outro tópico que aqui publiquei que trata também sobre o assunto “investimentos”:

 Gastar, Poupar ou Investir?

Na verdade, estas não são as únicas formas de poupar/investir: quem quiser conhecer mais a fundo vai se deparar com termos como títulos de capital pré e pós-fixado, PGBL e VGBL (espero tratar destes em outra oportunidade), venture capital, etc.

Por enquanto, queremos simplificar ao máximo, pois quão mais complexas são as informações e possibilidades, mais tempo demandaremos para estudos e compreensão daquilo que almejamos (você não vai querer empurrar seu dinheiro que você economizou durante meses/anos em qualquer coisa e rezar para que dê certo, vai?).

Bem, das três opções que discutiremos aqui, aquela que apresenta maior segurança (e portanto menor preocupação) é a poupança. Quando você coloca o seu dinheiro numa caderneta de poupança, você sabe que:

  • Ele irá render (pouco, mas irá) e que terá seu valor corrigido mensalmente;
  • Não incidirá imposto de renda sobre ele (menos dor de cabeça para você 🙂 );
  • Cada agência bancária dita como você deve proceder (cuidados, etc.), por exemplo, no Banco do Brasil, é interessante que seu dinheiro permaneça por ao menos três meses lá sem movimentação de retirada, a fim de não pagar uma taxa extra sobre aquela movimentação. Além disso, é necessária alguma movimentação (entrada ou saída de dinheiro) em um prazo máximo de 90 dias, sob risco de ter a poupança desativada (e, então, você terá que pagar uma taxa para a reativação);

Há algum tempo mantenho uma caderneta de poupança (para o caso de vir a ter alguma emergência, pois nunca se sabe o dia de amanhã, principalmente quando você é um freelancer O_o ) e com o tempo fui percebendo algumas coisas, que agora quero lhes passar como conselhos:

  • Se você ainda é estudante e é somente um estagiário, com certeza de todas as opções aqui apresentadas a poupança é a melhor para você. Busque economizar e mantr em poupança algum capital – você pode precisar dele para algum congresso importante, aquisição de novos livros, ou qualquer outro tipo de necessidade. Busque colocar no mínimo uns R$ 50,00 / 20% em sua poupança mensalmente;
  • Se você ainda não possui nenhum dos três e está caindo de pára-quedas nesta agora, a poupança também é a melhor opção para você;
  • Crie o hábito de regularmente colocar dinheiro na caderneta, conferir o quanto há nela e estimar o quanto você terá em um determinado período, assim você poderá saber melhor quanto a quando terá quantia suficiente para algo que deseje;
  • Evite retirar o dinheiro dela nos primeiros três ou quatro meses, a fim de evitar as taxas existentes nesse período quando há movimentação;
  • Não espere altos rendimentos – a poupança, como fora dito, é um meio que rende sempre, mas o rendimento é baixo.

Pronto! Você agora já é um poupador! Passado algum tempo, você começa a pensar em como “fazer o seu dinheiro trabalhar mais por você”. Você já está pensando em como investi-lo. 😉

A primeira possibilidade (e é a que vamos discutir agora) são os fundos de investimento – cada agência bancária possui os seus fundos, bem como há diversas instituições específicas para isso.

Um fundo de investimento utiliza-se de seu capital para investir em empresas (similarmente à poupança, só que aqui os riscos são um pouco maiores). O rendimento mensal é um pouco maior, porém varia mais que o da poupança (nas últimas vezes em que chequei, a média de rendimento de um fundo BB era superior ao da poupança BB) e incide imposto de renda.

De acordo com a instituição, há diversos tipos de fundos de investimentos: alguns em que você investe determinada quantia e só poderá retirar seu dinheiro após um prazo mínimo, outros em que você investe um montante inicial e a cada mês deve investir um novo valor mínimo (este é o praticado pelos fundos do Banco do Brasil).

A fins de experimentação, espere ter capital suficiente (com uma boa parte já na poupança) e, então, entre em um fundo de investimento. Assim, você poderá conferir, na prática, se o fundo de investimento estará rendendo tão bem quanto a poupança e poderá decidir como melhor proceder (manter ainda parte em poupança, transferir maior ou menor quantidade para o fundo de investimento, etc.).

Antes de entrar no primeiro fundo de investimento, é interessante que:

  • Analise vários tipos de fundos de investimento – conheça as taxas que você terá que pagar (se mensais ou por operação, por exemplo), as taxas de rendimento que aquele fundo tem conseguido, etc;
  • Verifique se você conseguirá montante suficiente para manter-se ao menos no período indicado pelo fundo de investimento (pois você pode perder dinheiro se precisar sair do mesmo antes por precisar do dinheiro);

Feita a escolha e após alguns meses atuando sobre o seu fundo (sem malícias 🙂 ) e levando-se em consideração as mesmas regras que descrevi na poupança (ou seja, mantenha vigilância sobre o quanto está entrando e saindo de seu fundo de investimento, etc.), você já pode se considerar um bom investidor! Parabéns!

Após este, você pode estar com capital suficiente para dizer: eu quero ganhar mais com o meu dinheiro e tenho uma boa margem de tolerância quanto à descapitalização. Você está pronto para as ações!

Ações são papéis que lhe garantem um determinado percentual sobre os rendimentos de uma empresa (ou mesmo sobre a empresa). Por estar fortemente vinculada a uma empresa, o valor de uma determinada ação subirá ou descerá de acordo com vários fatores que circundam a empresa, como o número de produtos oferecidos, seu tempo de mercado, sua atual reputação, crises que tenha enfrentado, etc.

Perceba então que você pode adquirir ações de uma empresa e, com o tempo, elas subirem muito; entretanto, elas também podem perder valor, e você estaria, então, perdendo dinheiro.

Muitas empresas praticam a divisão de dividendos (lucros que a empresa teve) com os acionistas da mesma, permitindo assim que você tenha alguma outra forma de ter lucros com a mesma, além da compra e venda de ações. Além disso, quando novos papéis são emitidos, os atuais acionistas possuem preferência na compra dos mesmos.

Não atuo ainda com ações (por enquanto 😀 ), então não há muitas dicas “por experiência própria” que eu possa dar, mas do que estudo e analiso por aí, algumas principais são:

  • Busque ações que sejam compatíveis com seu perfil, ou seja, se você não pode correr muitos riscos, é preferível ações que rendam pouco mas que possuam baixo risco, a ações com grandes riscos e potencial de rentabilidade;
  • Diversifique seus investimentos: não invista só em ações, bem como não tenha ações de um único tipo, desta forma, se você tiver uma ação descapitalizada, as demais operações podem cobrir o déficit;
  • É preferível manter o capital o máximo de tempo possível, visando o lucro a médio / longo prazo. Numa pesquisa da Você S/A, constatou-se que se uma pessoa investisse R$ 10.000,00 em ações certas em 1960 e mantivesse o capital lá até hoje (38 anos), teria mais de R$ 316.000,00 , entretanto, se essa pessoa tivesse investido os mesmos R$ 10.000,00 em ações certas, mas retirasse e recolocasse o seu capital somente seis vezes durante esse período (provavelmente, diante de uma descapitalização), o total obtido seria de pouco mais de R$ 15.000,00 , ou seja, conseguiria somente 50% de rendimento naqueles 38 anos. Bem diferente em relação ao anterior, não?
  • Saiba que sempre há riscos – se fosse 100% seguro, todo mundo seria acionista, não?

Bem, é isso. Espero que o que eu disse aqui tenha ajudado alguém a compreender melhor como pode conseguir maior segurança em seus investimentos.
Da próxima vez, acho que vou tentar falar sobre PGBL, VGBL e outras formas de garantir uma aposentadoria melhor. Até mais! 😀

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