Mais uma vez, boa noite a todos!
Desta vez, venho discutir sobre um assunto que deixa muita gente com o cabelo em pé, alguns felizes, alguns preocupados, muitos desesperados: dinheiro – o que fazer com ele?
Este assunto veio à tona para mim quando comecei a trabalhar em uma empresa em Belo Horizonte. Até então eu não trabalhava, somente estagiava, então o máximo que eu poderia fazer era gastar com as minhas necessidades e economizar um pouco.
Quando comecei a trabalhar, logo fiquei pensando nisso: o que fazer com o que sobrasse do dinheiro (sim, na época eu era solteiro – hoje sou casado – e pão duro – isso ainda sou 🙂 )?
De cara, decidi começar a procurar por fontes de informação que me educassem sobre isso. Minhas principais fontes foram:
- Internet – leio muito sobre muita coisa na Internet. Se você possui acesso a ela, mas tudo o que sabe fazer é MSN + Orkut, ah, meu amigo, está desperdiçando um grande recurso! Se você está interessado nesse assunto, pode procurar no google por palavras-chave como “investimento”, “finanças”, “ações”, “como economizar”, etc. e você ficará surpreso como algumas daquelas páginas podem lhe dar umas boas dicas!
- Revistas – como meu interesse era fortemente sobre investimentos, carreira e empresas, as revistas que mais me interessaram e me deram boas idéias foram Você S/A e Exame. Não li a Época – Negócios, apesar de ser bem indicada por outras fontes.
- Livros – comecei a procurar livros para ler, inclusive adquiri um, muito bom para quem está começando e quer algo simples, compreensível e que mostre tudo numa ótica bastante realista. “Guia de Investimentos – Planejando a Poupança, Avaliando o Risco”, é o seu nome; e Lauro de Araújo Silva Neto, o seu autor. Como o próprio título sugere, o livro aborda as mais diversas formas de capitalizar os seus rendimentos, quer seja você alguém começando nisso e com poucos recursos (parecido comigo!), quer seja alguém com um capital mais avançado e com perfil mais ousado. Fica aí a dica, então!
Bem, depois de um bocado de leitura (e tombos que a vida nos dá, e assim vamos aprendendo por que ralo desceu todo o dinheiro que se tinha economizado), aprendi algumas regras básicas:
- Você só sabe para onde todo o seu dinheiro está indo se você fizer um controle rígido sobre tudo o que você gasta. Todo extrato bancário que eu retiro é sempre guardado para posterior consulta, anoto (ou pelo menos anotava) tudo com que gasto a fim de poder comparar mês a mês o que aumentou ou reduziu e tento prever o tanto que devo ganhar e o quanto devo gastar em cada mês durante um período de seis meses a um ano.
- É preciso diferenciar gastos supérfluos de gastos essenciais, gastos que podem e gastos que não podem esperar. Feito isso, eu decidi atualizar minha planilha a fim de contar com esses possíveis valores também, um mínimo de gastos que teria no mês, o máximo de gastos e uma média de gastos dos meses anteriores. Sim, eu sei, são muitos números, mas quanto mais dados, melhor fica sua base para saber aonde seu dinheiro está indo. E lembre-se: se um gasto é essencial e não pode esperar, tentar economizar nisso pode não ser uma boa idéia. Por exemplo: você não pode economizar não comprando remédios para uma doença, o máximo que se pode fazer é adquirir medicamento genérico (eu faço isso, e a economia é muito grande, principalmente se sua esposa está grávida e repentinamente pega infecção urinária!).
- Com o que sobrou, você pode poupar ou investir. Qual a diferença entre ambos? Basicamente, poupar é quando você guarda seu dinheiro no banco, este poderá investir seu dinheiro em algo e em troca ele lhe dará parte dos lucros. Não incide imposto de renda sobre aquilo que você ganha na poupança. Rendimento é baixo, mas é sempre positivo. Já investir é quando você “empresta” seu dinheiro para uma empresa, a qual usa em algum tipo de projeto ou reestruturação, e você recebe retorno de acordo com os lucros dela. Os rendimentos variam bem mais que os da poupança (algumas vezes, podem ter resultado negativo), podem apresentar maior rendimento, mas incide imposto de renda sobre os mesmos. Aconselho a leitura de um livro especializado sobre isso (ou esperar um outro momento, quando falaremos melhor sobre investimentos).
- Você pode investir seu dinheiro em ações, ou seja, aquisição de papéis que garantem a você direitos sobre um certo percentual d e uma determinada empresa, mas é bom ficar atento, pois os valores das ações oscilam muito, podendo assim ganhar muito, mas também perder muito!
- Quando você pensa em investir, é bom saber quanto de risco você pode correr e quanto você tem para investir agora e nos próximos meses, pois isso determinará o seu perfil de investidor. Você pode ser um investidor mais conservador, com baixa rentabilidade, mas baixo risco (geralmente investindo mais em papéis de valor pré-fixado e rendas fixas, poupança, etc.), ou um investidor mais oudado, com probabilidade de alta rentabilidade, mas também risco mais alto de perder dinheiro em vez de ganhar (geralmente investindo mais em ações).
Pronto! Estas são algumas das coisas que estudei e que me serviram muito. É certo que no período em que trabalhei acabei investindo nada. Hoje, ainda mantenho minhas economias em poupança e planejo mudar, provavelmente em 2009, o meu perfil, passando a contar com algumas ações. Não o fiz ainda porque minha mudança de vida (de solteiro para casado) poderia ameaçar completamente os negócios, já que poderia precisar do dinheiro. Mas se tudo der certo, próximo ano estarei com novos planos em prática e poderei fazer o que planejo quanto às economias. 🙂
Bem, é isso, espero que todos tenham gostado deste nosso primeiro texto da parte de finanças!