E aqui estamos, mais uma vez, falando sobre os perigos e golpistas que há na Internet!
Em Piratas, Furtos e Trapaças – Bem Vindos aos Mares da Internet (Parte 1), nós falamos sobre os diversos tipos de pragas que podem prejudicar seu computador.
Em Piratas, Furtos e Trapaças – Bem Vindos aos Mares da Internet (Parte 2), decidimos falar sobre os vários tipos de pessoas que podem criar ou disseminar as pragas ditas na parte 1.
Agora, na terceira parte, vamos falar sobre pirataria, plágio e outras formas de distribuição ilegal, algo que muitas vezes passa despercebido por nós, usuários comuns, acerca de como isso pode prejudicar os detentores dos direitos autorais.
MP3, pirataria e as gravadoras
Um caso que já é clássico é a guerra que é travada entre as gravadoras e a pirataria de músicas em formato mp3.
Como todos devem saber, o formato mp3 trata-se de um formato de áudio bastante compacto que viabilizou a disseminação de músicas na Internet, criando assim novas oportunidades de negócios – como lojas online que vendem músicas em mp3 (com licença para distribuição regulamentada!) bem como rádios online que reproduzem tais músicas no ambiente web.
Até aqui, tudo muito bonito. O problema é que tal formato é tão fácil de ser baixado (devido ao tamanho compacto do arquivo), executado (praticamente todos os players de áudio podem executar arquivos mp3) e disseminado (há ainda inúmeros sites e blogs publicando tais músicas bem como programas de compartilhamento onde podem ser encontrados, em ambos os casos, infelizmente, de forma ilegal) que o que era solução acabou se tornando um problema – o trabalho de muitas gravadoras, bandas e cantores, sendo distribuído e nada sendo recebido.
Com certeza as gravadoras são as mais afetadas, pois elas não ganham dos shows e outras formas de promoção que as bandas e cantores possuem acesso. E agora? O que fazer?
Bem, as soluções até agora adotadas pelas gravadoras também não estão sendo muito eficazes, aumentando o preço de produtos para tentar reduzir os prejuízos, lançando promoções para tentar vender o estoque não comprado e pressionando a punição daqueles que disseminam conteúdo ilegal na Internet.
Infelizmente, acredito que as soluções adotadas não foram as mais eficazes, pois ainda estão perdendo muito dinheiro. Algumas gravadoras iniciaram a venda de músicas pela Internet, como forma de embarcar na Era Digital, um bom passo, mas que ainda não resolve um grande problema – como evitar que as músicas vendidas sejam, mais tarde, distribuídas de forma ilegal?
Outra problema é a comercialização ilegal, que distribui produtos falsificados ou fora do regulamento.
Comércio ilegal
Quem nunca adquiriu um DVD “pirata”, seja comprando em um camelô ou baixando de algum site ou loja da Internet?
A pirataria, como é mais conhecida, tem prejudicado e muito a indústria e comércio em geral. Praticamente, todo produto que possa ser digitalizado ou ter uma versão alternativa digital pode ser pirateado, isto é, distribuído de forma ilícita, seja uma cópia de conteúdo original vendida sem o consentimento de quem detém os direitos, seja uma falsificação que finge “ser” o produto original.
O problema é tão grave que as autoridades divulgam por meio de propagandas mensagens sobre o assunto na televisão, rádio e cinema. Quem nunca viu aquela propaganda onde mostra a relação entre o “pirateiro” e o tráfico de drogas?
Claro, isso não quer dizer que todos os que vendem o produto pirata estão ligados ao tráfico. Às vezes são pais, chefes de família que não encontraram outra forma de conseguir algum sustento. Mas não podemos negar que a polícia também já encontrou várias quadrilhas de ladrões e traficantes associadas à venda de produtos falsificados.
Bem, independente de se há alguma relação ou não com o tráfico, podemos ter certeza de uma coisa: prejudica o comércio e a indústria, no momento em que aqueles que lutaram para construir produtos melhores possuem sua imagem manchada por produtos de baixa qualidade que tentam imitá-los, bem como a disputa desleal de preços que há com quem não precisou projetar e criar aquela solução, mas tão somente copiar.
Acredito que os problemas que apresentamos até aqui parecem bastante distantes de nós (apesar de fazermos “parte do esquema”, no momento em que aceitamos ser consumidores de tais produtos)… Que tal agora falarmos sobre um outro problema “da mesma linha” e que atinge mais facilmente pessoas como eu e você, dentro e fora da Internet? Estou falando sobre o plágio.
O plágio na Internet
Plágio, isto é , a reprodução de material pertencente a outra pessoa ou entidade como sendo seu, é algo que acontece frequentemente na Internet – são softwares, livros, artigos e até mesmo layouts de sites sendo copiados sem a devida permissão diariamente!
E sim, este é um problema que pode atingir mais facilmente qualquer pessoa, tão facilmente que eu, Christiano Lima Santos, já sofri com tal problema. 🙁 Vou explicar.
Aos que não sabem, Nutrição em Foco é outro blog nosso, onde escrevemos muito sobre nutrição, alimentação saudável e distúrbios alimentares. Até aí, tudo parece legal. O problema é que, devido ao sucesso que nosso blog alcançou, outros blogs (já identificamos dois) começaram a simplesmente “copiar e colar” artigos inteiros nossos sem ao menos mencionar que somos a verdadeira fonte daquela informação. 🙁
Como disse, já identificamos dois blogs que fizeram tal prática, mas podem haver outros que ainda não foram identificados. Isso nos prejudica, pois um internauta incauto pode ler primeiro o outro blog e depois o nosso, tendo a ligeira (e certa) impressão de que alguém copiou alguém e, sem saber qual dos dois é o original, pode optar por considerar sendo o primeiro que leu (ou aquele que parece maior). Quando o nosso é o escolhido como o “original”, tudo bem, mas e quando somos considerados os “plagiadores”?
Isso também acontece com motores de busca que decidem indexar somente o original – o que acontece se ele se enganar e pensar que nós é que estamos copiando? Nós simplesmente “deixamos de existir” ali.
Desta forma, um trabalho que requisitou algumas horas pesquisando livros, revistas, artigos e outros sites (nós mencionamos todos os livros e sites que usamos como referência) bem como uma a quatro horas na elaboração do artigo pode simplesmente ser jogado fora, no “esquecimento”, sendo apontado como referência naquela área não mais o nosso trabalho, mas sim o artigo falsificado, que levou no máximo dois minutos para copiar e colar.
O plágio nos irrita ainda mais quando percebemos que aquele que nos plagiou, diferente de nós que temos como objetivo instruir os usuários sobre algum assunto, enfoca atrair os mesmos para adquirir seus produtos ou serviços (sim, nós demos uma boa olhada nos sites/blogs que nos plagiaram e ambos tinham tal intuito). Em outras palavras, enquanto que nosso objetivo é oferecer informação válida ao usuário para que tenha uma vida melhor ou compreenda algo, outra pessoa finge ser a autora disso, tentando direcionar o visitante para os seus produtos ou serviços!
Como evitar isso
Eu nunca imaginei que o mesmo problema que atinge os grandes estúdios de gravação (distribuição ilegal de conteúdo), poderia afetar também a mim. E se isso aconteceu, o que pensar que, de alguma forma, isso não atingirá você (por exemplo, ao pensar que está adquirindo um produto de alguém que realmente sabe do assunto, quando na verdade ele nada sabe e está roubando conteúdo de outros para conseguir vender-lhe)?
Na Internet, as coisas são muito mais complicadas, principalmente para nós, blogueiros, já que é muito complicado provar quem é o autor realmente de algo (não há ainda órgão regulamentando e controlando os direitos e distribuição). O máximo que podemos fazer é buscar o apoio de meios de comunicação envolvidos (como outros sites, blogs e mecanismos de busca), comunicar a falsificação, denunciar tais crimes virtuais e pedir que os usuários estejam atentos e não troquem um serviço respeitável e de confiança por outro que tenta construir sua relação com o usuário por meio de mentiras, de enganação.
Se você, por exemplo, opta por frequentar e buscar informação na fonte real em vez de na imitação, estaremos de certa forma minando aquele negócio criado sobre mentiras, até o ponto em que eles desistirão ou começarão a produzir de verdade.
Enquanto a ideia de que “na Internet nada se perde, nada se cria, tudo se copia” permanecer, sofreremos com informações duplicadas ou errôneas que nada acrescentam a quem está interessado nelas.
Faça sua parte. Nós prometemos fazer a nossa, continuando a criar e publicar conteúdo de qualidade que possa beneficiá-lo de alguma forma. 😉