Se no passado era a televisão apontada como “grande vilã” do sedentarismo dentro das casas, agora são os smartphones que estão recebendo tal título. E não é para menos: graças à sua capacidade de processamento de informações e conectividade oferecida, smartphones permitem conversar com amigos, pesquisar na Internet, participar de jogos online e tantas outras atividades, e tudo ali, ao alcance de seus dedos, sem precisar deslocar-se.
A tecnologia traz muitas vantagens. Podemos perceber isso, por exemplo, no uso de tecnologias em equipamentos médicos que oferecem um diagnóstico mais rápido e preciso ou um acompanhamento da recuperação de um paciente de forma ininterrupta. Entretanto certas tecnologias estão oferecendo tantas facilidades às pessoas que as mesmas estão abandonando um estilo de vida mais ativo e aderindo ao sedentarismo, afinal de contas, por que realizar tal esforço quando está ali, tão fácil, tão acessível?
Entretanto, apesar dos diversos encantos que os smartphones podem oferecer aos jovens, é necessário um maior controle sobre o tempo de uso dos mesmos. Em pesquisa realizada com 300 universitários, por exemplo, percebeu-se que pessoas que gastavam acima de 10 horas diárias utilizando-se de seus smartphones estavam menos aptos fisicamente do que pessoas que gastavam menos de 2 horas diárias.
Pesquisadores apontam que não somente o sedentarismo é responsável por tal impacto sobre a aptidão física, mas também a deficiência da qualidade da alimentação, muitas vezes realizada às pressas com o intuito de retornar rápido ao uso dos dispositivos.
Se já haviam muitos “vilões da saúde pública”, agora podemos acrescentar mais um: smartphones e sedentarismo, uma combinação que infelizmente poderá causar prejuízos a muitas pessoas.