Os especialistas de um modo geral definem a Síndrome Metabólica como um conjunto de sintomas que caracterizam um transtorno bem complexo, que está associado geralmente aos fatores de risco dos sistemas cardíacos e vasculares, como aumento da mortalidade por exemplo, devido a resistência à insulina e ao armazenamento central de gordura no corpo humano.
Em virtude da falta de consenso geral para definir a síndrome metabólica com mais exatidão, um estudo mais profundo do problema vem sendo dificultado e esse fato está repercutindo tanto nas políticas da área de saúde, quanto na prática dos médicos em seus consultórios, de acordo com os profissionais especializados no tema.
Definição da OMS para a Síndrome Metabólica
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) a síndrome metabólica pode ser definida avaliando-se a resistência à insulina do organismo ou um transtorno do metabolismo da glicose, que torna difícil sua utilização pelo corpo humano.
Já em outras organizações de saúde para que o quadro clínico seja caracterizado como síndrome metabólica deve haver um conjunto de elementos como hipertensão arterial, taxa de triglicerídios assim com um prévia ocorrência de diabetes que são considerados os critérios que caracterizam a síndrome.
Outro parâmetro utilizado para a classificação das síndrome metabólica é a circunferência abdominal representando o índice antropométrico da gordura dentro do abdômen. Vale ressaltar que indivíduos do sexo masculino com 102 cm de gordura abdominal e pessoas do sexo feminino com 88cm devem fazer uma avaliação constante para verificar o risco de possíveis complicações cardíacas.
Diagnóstico Clínico da Síndrome Metabólica
O diagnóstico de um maneira geral é realizado levando-se em conta:
-Avaliação clínica do paciente: Verificando sua faixa etária , se ele é tabagista, se pratica atividades físicas com regularidade e se tem históricos de diabetes, acidente vascular encefálico, enfermidades coronarianas, hiperucemia, doença hepática, ovários policísticos entre outros.
– Exame físico: O exame físico para que a síndrome metabólica possa ser diagnosticada é necessário, por isso os especialistas fazem a medida da circunferência abdominal do indíviduo desde a crista ilíaca até a região do rebordo inferior costal. Além disso é feita aferição da pressão arterial com o paciente sentado. Outros exames como estatura e peso também são utilizados através da medição do IMC (Índice de Massa Corporal). -Exames Laboratoriais: São realizados testes para diagnosticar a síndrome metabólica verificando se há alterações na tolerância à glicose, com a avaliação laboratorial de jejum, não sendo necessário o paciente fazer o teste oral de tolerância exame conhecido como TOTG. Além disso é feita a dosagem de HDL e de Triglicerídeos. Vale ressaltar que outros testes laboratoriais podem ser utilizados como complemento para o diagnóstico clínico.
Prevenção da Síndrome Metabólica
Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS) os fatores que são considerados como riscos mais importantes que as pessoas apresentam na síndrome metabólica são : Hipercolesterolemia, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade ou sobrepeso, déficit no consumo de leguminosas, hortaliças e frutas,e vício do tabagismo, além da predisposição genética.
Os especialistas ressaltam que uma adoção de hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida como uma dieta alimentar equilibrada e a prática frequente de atividades físicas são comportamentos iniciais que podem ajudar a prevenir a síndrome metabólica.
Plano Alimentar
A nutrição do indivíduo é determinante para ao surgimento ou não de problemas de saúde. No caso especifico da síndrome metabólica, os especialistas em nutrição e nutrologia recomendam a adoção de uma dieta alimentar saudável que deve ser composta por:
– Carboidratos: Os especialistas recomendam o consumo de leguminosas, grãos integrais e hortaliças, sendo que o açúcar que é uma fonte de frutose possa ser consumido somente eventualmente se a pessoa mantiver uma dieta saudável.
– Fibras: Os nutricionistas recomendam um consumo de cerca de 30 gramas ao dia de fibras que podem ser encontradas na forma de frutas, grãos leguminosas e hortaliças. A importância da ingestão desse nutriente está no seu fornecimento de vitaminas e minerais para o organismo humano. -Gorduras: O consumo de gordura esta associado a sensibilidade à insulina pela oferta dos ácidos graxos e pelo peso corporal que a pessoa apresenta. Quando o nível do Colesterol HDL estiver baixo, os especialistas recomendam o aumento da gordura monoinsaturada resultando na diminuição dos carboidratos. Vale ressaltar que essa substituição deve ser feita em virtude do aumento dos ácidos graxos na dieta alimentar, que pode promover o aumento do peso corporal do indivíduo.
Por Salete Dias