Olá a todos!
A princípio, pensei em denominar este artigo de “O que acontece com os alimentos dentro do nosso organismo?”, mas como o nosso objetivo aqui será estudar o que acontece com os alimentos durante a digestão bem como o que podemos fazer para melhorá-la, achei este novo título menor, mais simples e compreensível. 🙂
Como todos sabem (ou ao menos espero que saibam), o processo de digestão começa com a ingestão dos alimentos, mastigação e o processamento digestivo dos mesmos (é neste último onde os alimentos são quebrados até o nível de moléculas e, então, vão para a circulação sangüínea, seguindo então para as diversas partes do corpo).
O primeiro fator a se observar na hora das refeições ou lanches a fim de compreender melhor a importância dos fatores extrínsecos e intrínsecos que interferem nesse processo.
Os fatores extrínsecos são aqueles de natureza externa ao nosso organismo, como a concentração de cada nutriente em cada alimento. Neste caso, influencia qual o tipo de alimento bem como a forma de preparo do mesmo. Estes são mais fáceis de mensurar: quando vemos a quantidade de calorias e nutrientes na composição de um alimento, estamos diante dos fatores extrínsecos.
Já os fatores intrínsecos dizem respeito dizem respeito à capacidade digestiva bem como de absorção do organismo e isso varia de indivíduo para indivíduo, tornando assim mais complicado mensurar o valor nutricional de um regime alimentar por meio de uma “tabela única de valores que valha para todas as pessoas”.
Em outras palavras, depende também do organismo da pessoa para conhecer que fatores interferirão no planejamento alimentar da mesma.
Um segundo ponto a se observar é o fato de que os alimentos chegam ao estômago de forma lenta. Levando em consideração o fato de que os alimentos passaram pela saliva, que possui pH próximo ao neutro, e chegam até o estômago, que possui pH ácido, bem como a velocidade com que os alimentos chegam, percebemos que o mais correto é uma deglutição lenta a fim de que não haja um grande desequilíbrio no estômago, tanto a nível de volume de alimentos, quanto a nível de pH. É por isso que tanto recomendamos que mastiguemos bastante os alimentos antes de engolir: isso ajuda a ptialina (presente na saliva) a agir por mais tempo sobre o alimento, bem como a reduzir a velocidade com que os alimentos chegam ao estômago, permitindo a este agir por mais tempo sobre o mesmo.
Muitos dos nutrientes de moléculas mais complexas, maiores, somente concluem sua digestão no intestino delgado (e algumas no intestino grosso, por meio da fermentação que lá ocorre devido à flora intestinal). Desta forma, os alimentos ricos nesses tipos de nutrientes (os famosos “alimentos pesados“) levam mais tempo para realizar a digestão, o que pode provocar desconforto em pessoas que possuam o organismo mais sensível. Além disso, seu consumo à noite pode levar à insônia ou outros problemas que atrapalhem a noite da pessoa. Os alimentos quem contêm gorduras, por exemplo, estão nesse grupo.
Por outro lado, alimentos leves possuem uma digestão mais facilita e, muitas vezes, são ricos em fibras, ajudando a regular o funcionamento do intestino. Desta forma, busque mais refeições leves, pois elas podem ajudar-lhe muito na melhoria da digestão. Frutas, verduras e legumes (principalmente quando frescos) são excelentes opções.
E, é claro, uma vez que seu organismo precisa funcionar em seu próprio ritmo para fazer a digestão corretamente, nem pense em praticar exercícios físicos logo após as refeições, ok? Exercícios são bons, mas há hora certa para eles. 😉