Quem nunca mentiu na vida? A resposta a essa pergunta deve ser verdadeira e livre de qualquer tipo de preconceito. Afinal de uma maneira ou de outra, todas as pessoas já contaram alguma mentira, nem que tenha sido para serem gentis e educadas, ou então para tentarem salvar alguém de uma situação constrangedora. Mas, como saber qual o limite entre uma grande mentira contada que possa prejudicar outro indivíduo, e uma mentira contada somente para auxiliar alguém em um momento difícil? É possível entender por que as pessoas mentem e assim melhor analisar as razões da mentira contada? É o que iremos analisar nesse artigo.
Sutis diferenças entre mentira e falta de sinceridade
Existe uma sutil diferença entre contar uma grande mentira e não ser totalmente sincero. No primeiro caso, pode haver vários problemas de ordem emocional e de caráter envolvidos, enquanto no segundo, talvez a situação que a pessoa esteja vivenciando é que a faça não contar a verdade. De uma maneira geral, os indivíduos costumam mentir por não acreditar que as outras pessoas de seu convívio não irão amá-los e aceitá-los como na verdade realmente são.
Normalmente as pessoas que mentem muito cresceram em um ambiente familiar no qual não tiveram oportunidade de se expressarem de maneira que pudessem ser aceitos pelos seus próprios méritos. Isso explica o motivo de determinados indivíduos mentirem sem razão aparente sobre sua condição financeira ou seu modo de vida. Essas pessoas tentam passar a todo momento a impressão de que são mais importantes do que na verdade são, pois no fundo se sentem inferiores aos outros no meio social do qual fazem parte.
Quando mentir se torna um hábito
Na sociedade moderna na qual as pessoas têm de se relacionar de modo positivo tanto com os indivíduos de seu convívio social, quanto de seu ambiente profissional, às vezes contar pequenas mentiras por educação e gentileza pode ser até considerado como um comportamento normal. Porém existe o mentiroso compulsório, que sem motivo algum costuma mentir, inclusive com a intenção de prejudicar alguém.
Nesse caso, pode haver uma falha grave de caráter do indivíduo cujo convívio poderá ser prejudicial às outras pessoas que estiverem em sua volta. Em outras situações o mentiroso contumaz pode na verdade ser portador de algum tipo de patologia psíquica, e as mentiras constantes podem fazer parte dos sintomas que se apresentam para o indivíduo como delírios de sua mente.
As crianças costumam mentir?
De acordo com especialistas na área de educação infantil, as crianças não mentem e sim fantasiam sobre determinados fatos que julgam serem verdadeiros. Até uma determinada idade, esse comportamento pode ser considerado normal, porém os pais devem ficar atentos e verificar se essa fase se prolonga para que, orientados por especialistas, possam aprender a lidar com essa situação.
É sempre importante ressaltar que os filhos costumam repetir as atitudes da mãe e do pai, por isso se os responsáveis possuem o hábito de contar mentiras não devem esperar um comportamento diferente por parte das crianças.
Considerações finais
Entender o motivo por que mentem pode ser o primeiro passo para as pessoas mudarem esse tipo de comportamento, e se tornarem sinceras com as outras e com elas próprias.
Por Salete Dias