Vitamina A

Descrição

A vitamina A, conhecida por muitos como a “vitamina da visão”, uma vez que desempenha papel importante na manutenção do globo ocular, age também, segundo estudos mais recentes, como como antioxidantes, ou seja, combate os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento. Outro papel da vitamina A é no fortalecimento do sistema imunológico, combatendo assim doenças infecciosas (principalmente as provocadas por vírus).

Contribui também para o desenvolvimento normal dos dentes e conservação de seu esmalte, bem como conservação da pele e cabelos.

A vitamina A é lipossolúvel, isto é, solúvel em gorduras, o que faz com que ela seja muito encontrada principalmente em alimentos gordurosos. Desta forma, pessoas que seguem uma dieta baixa em gordura devem tomar cuidado para não sofrerem com a deficiência desta vitamina.

Conforme explicaremos mais tarde, deve-se evitar também o excesso desta vitamina a fim de evitar problemas de saúde.

Conseqüências de sua Deficiência

Indivíduos com falta ou insuficiência de vitamina A podem sofrer dos seguintes males:

  • Problemas no crescimento;
  • Problemas oculares, como ressecamento das glândulas lacrimais, xeroftalmia e cegueira noturna (em casos mais graves, ulceração da córnea, podendo progredir até chegar à cegueira irreversível por destruição do globo ocular!);
  • Pré-disposição a infecções das vias respiratórias e a cálculos renais (as “famosas” pedras nos rins), bem como a outros tipos de doenças;
  • Visão deficiente à noite (hemeralopia) ou sensível à luz (fotofobia);
  • Redução do olfato e do paladar;
  • Problemas na formação celular, como a hiperplasia (multiplicação descontrolada das células) e a metaplasia (perda da forma celular).

Causas da Deficiência

  • Falta de amamentação ou interrupção precoce do processo de amamentação (o leite é uma importante fonte de vitamina A, principalmente para os bebês!);
  • Insuficiência de alimentos ricos em vitamina A na dieta;
  • Baixa ingestão de gordura (lembre-se, vitamina A é lipossolúvel, logo a gordura desempenha papel importante na manutenção desta em seu corpo);
  • Infecções freqüentes (muitas doenças, além de causar a perda de apetite, fazem também com que seu corpo exija quantidades mais altas de vitamina A a fim de se proteger, reduzindo assim seu “estoque”, podendo então agravar ainda mais o quadro se não for reposta);

Conseqüências de seu Excesso

Indivíduos que ingerem grande quantidade de vitamina A (seja por alimentos, seja por suplementos) podem manifestar:

  • Dores de cabeça, tonturas e náuseas;
  • Ressecamento de pele e fissura nos lábios;
  • Dores nos ossos e nas articulações;
  • Problemas no crescimento;
  • Falta de apetite, cansaço, irritabilidade e sangramentos.

Vale lembrar que é possível consumir beta-carotenos (veja seção abaixo) em quantidades bem maiores que de vitamina A, sem que isso lhe seja prejudicial à saúde (é o armazenamento excessivo da vitamina A que pode ser prejudicial, não o da pró-vitamina A).

Mesmo assim, atente-se ao fato de que mesmo esta pode lhe representar algum risco: o consumo de cerca de 30mg/dia de beta-carotento aumenta a probabilidade de cancêr de pulmão e de prostáta. Fumantes e pessoas que sofreram exposição a amianto não devem consumir suplementos de beta-caroteno.

Alimentos Ricos em Vitamina A

Abaixo segue uma tabela de alimentos ricos em vitamina A (o valor entre parênteses trata-se da medida em unidades internacionais para 100 gramas do alimento):

  • De origem vegetal:
    • Alfafa (15800);
    • Abóbora crua (2800);
    • Brócolis crua (15000);
    • Buriti – polpa (50000);
    • Caju vermelho (7000);
    • Cenoura (14500);
    • Escarola (21000);
    • Espinafre (7385);
    • Mamão (2350);
    • Manga (2200);
    • Pêssego (3750);
    • Pimentão Vermelho (6500);
    • Salsa (70000);
  • De origem animal (infelizmente, não dispomos no momento da quantidade destes):
    • Fígado (de aves e outros animais) e produtos derivados (óleto de fígado de peixe, por exemplo);
    • Leite e derivados (manteiga, gema do ovo, queijos, etc.);
    • Sardinha

Algo interessante a se comentar é que no caso dos vegetais não há vitamina A, mas sim beta-carotenos, que são pró-vitamina A (simplificando, precursores da vitamina A), que poderão ser convertidos pelo nosso organismo em vitamina A.