O paradoxo francês é um termo utilizado principalmente pelos profissionais de Nutrição para fazer referência a contradição existente entre a qualidade da alimentação do povo francês e a saúde que eles apresentam. Esse paradoxo existe mediante a qualidade da alimentação francesa que é rica em gorduras saturadas e vinho, no entanto a população francesa apresenta uma excelente qualidade de vida.
Apesar de ingerirem mais gordura que os americanos, os franceses conseguem manter uma boa forma bem como apresentam uma menor incidência de doenças cardiovasculares. Isso se deve ao fato de que mesmo consumindo uma elevada quantidade de gordura, em geral os franceses ingerem menos calorias durante o dia, além disso alguns estudos comprovam que as porções consumidas por esses povos são menores. Em outras palavras, apesar do povo francês consumir muitos alimentos ricos em gordura, eles comem pouco quando comparados a outros povos.
As mulheres esbeltas francesas chamam atenção pelo tipo de comida que pedem nos restaurantes, como doces, molhos além de carboidratos. Mas enfim, qual o segredo desses povos que mantém uma alimentação farta e ao mesmo tempo estão sempre em dia com a balança e com a saúde? As explicações que alguns estudos sugerem para esse paradoxo é que a população francesa ingere constantemente vinhos e azeite de oliva. O vinho é uma bebida que apresenta diversas propriedades fitoterápicas e assim como o azeite de oliva ajuda a combater diversos tipos de doenças.
Benefícios do vinho
Com essa repercussão positiva na saúde, o vinho cada vez mais tem sido alvo de estudos e tem ganhado adeptos ao seu consumo. O consumo dessa bebida está associado à uma redução no aparecimento de doenças do coração. Além do álcool, o vinho apresenta em sua constituição antioxidantes, compostos fenólicos e taninos; essas substâncias tem a capacidade de prevenir diversos tipos de doenças como as cardíacas e o câncer. O poder do vinho no combate ao câncer encontra-se na presença de uma substância chamada resveratrol ela é encontrada na casca da uva e atua na promoção da morte de células consideradas cancerígenas.
O vinho também auxilia na prevenção do mal de Alzheimer, de úlceras estomacais e auxilia no emagrecimento pois o vinho tem a capacidade de emulsificar as gorduras além de facilitar a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). No entanto não podemos esquecer que o vinho trata-se de uma bebida alcoólica e os efeitos do álcool em excesso no organismo são considerados maléficos. Não adianta pensar que para se obter os benefícios do vinho, ele deve ser consumido em excesso, a dose recomendada para quem deseja aproveitar os benefícios do vinho é de meio cálice por refeição.
Todos os benefícios dessa bebida só poderão ser aproveitados se ela for consumida com moderação, caso contrário o indivíduo poderá engordar mediante o consumo de vinho em excesso já que o mesmo é rico em carboidratos simples e poderá adquirir problemas sérios a saúde como a cirrose. Vale lembrar que para os indivíduos que por algum motivo não possam ingerir bebidas alcoólicas, o consumo de vinho está completamente proibido.
Paradoxo francês
O paradoxo francês passou a existir quando pesquisadores constataram que apesar de hábitos de vida que não são saudáveis como ingerir uma alta concentração de gordura, fumar e praticar poucas atividades físicas os franceses apresentavam menos doenças do coração que os americanos; rapidamente constatou-se que o consumo moderado de vinho era o responsável por esse aspecto positivo observado na saúde desse povo. Sendo assim, o consumo moderado de vinho deve ser incentivado, no entanto para aquelas pessoas que não conseguem ingerir pequenas quantidades de bebidas alcoólicas é importante que o vinho seja evitado.
Vale ressaltar também que para se obter uma vida saudável não é necessário somente ingerir quantidades moderadas de vinho, na verdade um estilo de vida saudável que promove uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas são essenciais para que o indivíduo mantenha-se saudável, além disso é necessário consultar um médico periodicamente para verificar o estado de saúde, mesmo que aparentemente o indivíduo não esteja sentindo nenhuma alteração no seu estado geral de saúde.