Alimentação e depressão pós-parto

A depressão por si só já é uma enfermidade que pode trazer grandes transtornos aos seus portadores. Quando ela acomete as mulheres que acabaram de ter filhos é denominada de depressão pós-parto. No entanto, muitos especialistas afirmam que se no período da gestação houver uma dieta baseada em determinados tipos de alimentos, esse quadro clínico poderá ser prevenido ou até mesmo revertido.

Mas será que essa afirmação é verdadeira? Qual será a real associação entre alimentação e depressão pós-parto? É o que analisaremos nesse artigo.

Definição de depressão pós-parto

De acordo com especialistas na área médica e na de saúde mental, a depressão pós-parto vem acometendo cada vez mais mulheres de todas as partes do mundo, chegando a preocupar bastante esses profissionais. Segundo estatísticas realizadas por órgãos especializados quase vinte por cento das mulheres que tiveram bebê são acometidas com a depressão pós-parto.

Esse grave problema costuma surgir logo nos trintas dias iniciais após o nascimento do bebê, e em alguns casos pode permanecer até mais ou menos o bebê alcançar um ano de idade, trazendo graves transtornos emocionais para a mãe da criança.

No entanto, de acordo com alguns pesquisadores é possível amenizar esse quadro clínico se durante o período da gestação da mulher, sua alimentação for rica em determinados tipos de alimentos. Mas quais serão eles? É o que veremos a seguir.

Alimentos adequados ao período gestacional

Os especialistas que participaram dos estudos iniciais que faziam uma correlação entre a alimentação da mulher no período de gestação e a síndrome da depressão pós-parto, concluíram que dentre os alimentos que podem ser utilizados para prevenir ou amenizar esse problema que ocorre cada vez mais nas mulheres que acabaram de gerar um filho estão: os cereais integrais, os alimentos ricos em fibras, carnes (cortes magros), alimentos ricos em cálcio como leite e derivados, folhas verdes e frutas secas.

Além desses, os especialistas também recomendam: produtos alimentares que sejam fontes de ômega 3, como por exemplo, a linhaça e os peixes de água fria, pois segundo estudos científicos essa substância é responsável pela melhora geral do sistema imunológico nos seres humanos além do vascular e cardíaco, além de reduzir os sinais clínicos da depressão, o que pode auxiliar muito às gestantes portadoras desse problema.

Outro nutriente que deve ser ingerido pela mulher no período da gestação são os alimentos ricos em ferro, pois durante a gravidez têm como principal objetivo prevenir o surgimento da anemia gestacional, e após o nascimento do bebê o consumo de alimentos ricos em ferro deve continuar, pois de acordo com algumas pesquisas cientificas esse mineral pode auxiliar na redução dos sinais clínicos, que indicam que a pessoa esta sofrendo de depressão.

Outra orientação dada pelos especialistas para que a mulher possa prevenir a depressão pós-parto é consumir além de frutas cítricas, uvas, brócolis, tomate, aveia, azeite, oleaginosas, que são considerados alimentos funcionais, pois atuam de maneira eficaz na prevenção de vários tipos de doença no organismo humano.

Apoio psicológico na depressão pós-parto

Como todos podem notar, a alimentação é de fundamental importância para prevenir a depressão pós-parto. No entanto, em mulheres que já tinham sido diagnosticadas com depressão mesmo antes de ficarem grávidas é necessária uma atenção especial.

Nesse caso, um profissional da área de psicologia ou psiquiatria deve atuar em conjunto com outros profissionais, para que obtenham um melhor resultado no tratamento proposto. Vale ressaltar que o apoio de familiares e principalmente do companheiro da mulher é de vital importância para que ela consiga superar essa fase tão difícil de sua vida.

Considerações finais

A depressão pós-parto é um problema que afeta mulheres das mais diversas faixas etárias, classes sociais ou econômicas. Depois de vários estudos científicos foi possível afirmar que se a gestante puder se alimentar com determinados tipos de alimentos, como por exemplo, aqueles que são ricos em fibras, ômega 3, cálcio, ferro, entre outros; o risco de desenvolver a depressão pós-parto é reduzido.

Vale ressaltar que a depressão é uma doença que pode trazer muitos transtornos para seu portador e para os que convivem com ele, dessa forma ela deve ser diagnosticada e tratada corretamente. No caso especifico da depressão pós-parto, o apoio psicológico à mulher é de vital importância para que ela possa superar os sintomas depressivos e retomar sua vida junto ao  bebê que acabou de gerar.

Por Salete Dias