Muito tem-se falado sobre a importância do uso de novas fontes de energias renováveis, principalmente as “energias limpas”, isto é, aquelas que possuem o menor impacto possível sobre o ecossistema. Uma das fontes de energia que mais se aponta é a energia eólica, isto é, aquela proveniente dos ventos, que apresentam uma energia cinética (isto é, energia proveniente do movimento) que pode ser convertida em energia mecânica e, posteriormente, em energia elétrica.
Os ventos como fonte de energia mecânica
Desde a antiguidade o homem tem se aproveitado da força dos ventos das mais diversas formas: como força-motriz para embarcações a vela bem como para mover as engrenagens de moinhos, usados para bombeamento da água ou moagem de grãos.
Conversão de sua energia em energia elétrica
O uso dos moinhos de ventos começou nos países baixos e não muito distante dali, na Dinamarca, que as primeiras turbinas eólicas foram utilizadas para fornecer energia elétrica para uma cidade.
A energia eólica é utilizada para mover aerogeradores, isto é, grandes turbinas em forma de catavento instaladas em áreas de muito vento. Desta forma, a energia eólica é convertida em energia de rotação (mecânica) e é então convertida para energia elétrica por meio de um gerador.
Geralmente são utilizados parques eólicos, isto é, áreas com grandes concentrações de aerogerados, a fim de tornar a produção de energia elétrica a partir dos ventos realmente rentável, mas nada impede o uso de aerogeradores de forma isolada.
Vantagens da energia eólica
- Fonte de energia renovável e limpa;
- Distribuída por toda a superfície terrestre;
- Ajuda a reduzir o consumo de água, um bem cada vez mais escasso e muito necessário para o funcionamento de usinas hidrelétricas;
- Como substituta de fontes de combustíveis fósseis, pode auxiliar na redução do efeito estufa.
A energia eólica no Brasil
Apesar de já estar em uso também no Brasil, seu uso aqui ainda é bastante limitado. Enquanto que nos Estados Unidos a capacidade instalada de produção em fins de 2009 já era de 35 GW, no Brasil a capacidade era de somente 0,74 GW.
Diversos estudos estão sendo desenvolvidos pelo país a fim de avaliar o potencial de exploração comercial da energia eólica no país. No Nordeste, por exemplo, tais estudos culminaram com a publicação, em 1998, da primeira versão do Atlas Eólico da Região Nordeste. Cinco zonas topográficas foram identificadas:
- Zona costeira – áreas litorâneas com ventos predominantemente no sentido mar-terra, podendo-se utilizar a energia eólica;
- Campo aberto – áreas de pastagens, amplas, planas e abertas (vegetação baixa) permitindo também a utilização da energia eólica;
- Mata – áreas com vegetação composta por arbustos e árvores altas, causando muitas obstruções ao fluxo do vento;
- Morro – áreas de relevo ondulado, com pouca vegetação;
- Montanha – áreas de relevo composto por montanhas altas.
Além disso, um outro estudo, de âmbito nacional, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, apontou que o potencial eólico brasileiro é da ordem de 143 GW, o que comprova o grande potencial para geração de energia elétrica a partir da energia eólica!